sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ancestrais dos humanos nasciam com cérebros grandes

H erectus nasciam maiores do que antes se pensavaUm novo fóssil de Homo erectus sugere que as fêmeas tinham pélvis grandes e largas para que pudessem dar à luz bebés de cérebros grandes.

Nascer com um cérebro grande significa que os nossos ancestrais se tornavam independentes bem mais depressa que as crianças humanas actuais.

A nova descoberta, publicada na revista Science, entra em conflito com ideias anteriores que sugerem que estes ancestrais do Homem tinham uma forma corporal alta e delgada, adaptada à corrida.

O Homo erectus é considerado o primeiro hominídeo a sair de África e a colonizar o mundo e provavelmente também terá sido a primeira a controlar o fogo.

A pélvis feminina praticamente intacta com 1,4 milhões de anos foi encontrada perto de Gona no norte da Etiópia. À medida que ia sendo reconstruída, os arqueólogos ficaram espantados com a sua largura invulgar.

Scott Simpson, paleontólogo da Universidade Case Western Reserve de Cleveland, Ohio, foi um dos investigadores que fez a descoberta: "Proporcionalmente as ancas dela eram mais largas que as das mulheres modernas."

comparação da pélvis humana actual e ancestrais (S.Simpson Case Western Reserve University)

Os primeiros hominídeos, como o Australopithicus afarensis com três milhões de anos de idade, tornado famoso pelo esqueleto de "Lucy" encontrado em 1974, têm uma abertura pélvica muito mais estreita. Comparativamente, os hominídeos mais recentes encontrados na China, Israel e Espanha têm pélvis mais largas.

Os investigadores dizem que a pélvis mais larga significa que o H. erectus era capaz de dar à luz bebés até 30% maiores do que até aqui se pensava.

Ter um cérebro maior significa que o jovem hominídeo era dependente da mãe durante menos tempo do que um bebé moderno, uma adaptação de sobrevivência muito útil na savana africana em que viviam.


Os investigadores dizem que o cérebro do H. erectus provavelmente crescia mais rapidamente antes do nascimento mas após o parto a taxa de crescimento abrandava para algo entre a dos humanos modernos e a dos chimpanzés.

Ainda assim, Simpson salienta que o H. erectus era muito mais humano que chimpanzé: "O Homo erectus foi a primeira espécie de hominídeo a deixar África, eram tecnologicamente sofisticados com ferramentas de pedra e caçavam animais. Muitos dos comportamentos que consideramos únicos dos humanos modernos já estavam presentes no Homo erectus."

A nova descoberta lança dúvidas sobre a correcção das teorias anteriores acerca do Homo erectus.

O achado mais importante de H. erectus é o "rapaz de Turkana", um jovem macho descoberto no Quénia em 1984 . O seu esqueleto reconstruído, com uma pélvis estreita e corpo alto e magro, foi interpretado como revelando uma adaptação ao clima quente e à necessidade de correr longas distâncias.

Em comparação, esta nova descoberta é de uma fêmea mais baixa e com uma caixa torácica mais larga, uma característica vulgarmente encontrada em humanos de climas frios ou mesmo árcticos.

A pélvis larga sugere que o canal de parto e o tamanho do cérebro estavam a sofrer uma evolução conjunta, à medida que o H. erectus se adaptava à necessidade de dar à luz bebés maiores em vez de se adaptar à pressão de factores ambientais externos.


Fonte: Simbiotica

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Plantas estabelecem relações para preservar biodiversidade, diz estudo


As plantas estabelecem entre si uma série de relações que as ajudam a preservar a biodiversidade e não extinguir-se, segundo um estudo científico realizado em regiões zonas desérticas do México.

Estas relações, denominadas "facilitação" e que se criam entre múltiplas espécies, beneficiam pelo menos um dos participantes, enquanto o outro não sofre dano, segundo o estudo, desenvolvido por Miguel Verdú, do Centro Superior de Pesquisas Científicas (CSIC), e Alfonso Valiente-Banuet, da Universidade Nacional Autônoma do México.

Este mecanismo permitiu a plantas muito antigas sobreviver em um clima árido atual e faz com que se mantenha a biodiversidade perante a mudança climática, porque, sem esta facilitação, as espécies mais antigas não são capazes de se adaptar às novas condições.

Este trabalho, recentemente publicado pela revista "American Naturalist", permitirá "conhecer melhor os mecanismos que desencadeiam a extinção local de espécies", explicou Verdú em comunicado.

"Poderemos analisar como se comporta uma comunidade perante a presença de uma planta invasora, planejar o repovoamento de um terreno ou prever o impacto que teria a extração em massa de uma determinada espécie", acrescentou.

Segundo a investigação, observou-se que estas plantas não se associam ao acaso, mas em função "de se estão ou não próximas filogeneticamente", já que, quanto menos parecidas são suas necessidades, mais possibilidades há de que ocorra a "facilitação". (Fonte: Yahoo!)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Relatório denuncia impactos da produção de cana-de-açúcar na Amazônia

Os biocombustíveis causam enormes impactos ambientais e sociais em todo o seu processo produtivo, além de causar mais dano ao meio ambiente do que os combustíveis fósseis, de acordo com o relatório "Os impactos da produção de cana no Cerrado e Amazônia", produzido pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.

O estudo analisa os impactos da produção da cana-de-açúcar e do biodiesel no país, com foco no bioma Amazônia, além do Cerrado, e faz um estudo de caso de alguns estados produtores.

A partir de dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o relatório contesta o argumento de que não existe produção de cana-de-açúcar na Amazônia. A Conab registrou um "aumento na produção de cana na Amazônia de 17,6 milhões para 19,3 milhões de toneladas entre 2007 e 2008". A região norte registrou os maiores índices de crescimento da produção de cana-de-açúcar do país. Juntos, Tocantins, Amazonas e Pará tiveram um aumento de 46,8% em relação à safra anterior, atingindo a marca de 1,6 milhão de toneladas.

O problema é que o carbono da destruição das florestas não será recuperado pelo plantio de cana-de-açúcar. Além disso, a substituição da floresta amazônica para a produção de biocombustíveis compromete a biodiversidade. O relatório também critica os projetos de zoneamento ecológico econômico. "O zoneamento proposto pelo governo na Amazônia não somente permitirá, mas também incentivará o plantio de cana-de-açúcar".

Cana na Amazônia

O relatório analisa os estados que produzem biocombustível e os impactos que essa produção causa. No Acre, a usina Álcool Verde compromete os recursos hídricos e coloca em risco os sítios arqueológicos conhecidos como Geoglifos. Além disso, a usina é financiada com recursos públicos.

No Amazonas, a Usina Jayoro, propriedade do grupo Coca-cola, destruiu cerca de 10 mil hectares de florestas para poder plantar cana-de-açúcar. "Outro problema é o uso de agrotóxicos e o vinhoto, que têm seus resíduos depositados nas lagoas e igarapés, chegando até o rio que é usado para banho pela população local".

No Mato Grosso, existem atualmente onze usinas de cana-de-açúcar em funcionamento, e cinco projetos de novas usinas, que causam impacto na Amazônia, no Cerrado e Pantanal. Os insumos químicos poluem os rios e causam danos à saúde dos trabalhadores. Além disso, há graves denúncias de violações de direitos trabalhistas nas usinas da região.

Em relação ao Pará, o relatório cita um estudo da Universidade de São Paulo (USP) que indica que o estado já está sendo apontado como o que tem a maior vocação para a expansão da cana-de-açúcar do país. "O Pará poderia dispor de 9 milhões de hectares para produção de cana, o que significaria um aumento de 136% na produção de etanol no Brasil". Além do desmatamento, o estado apresenta um grave problema, a incidência de trabalho escravo.

O Tocantins, região de transição para o bioma Amazônia, teve um aumento de 16% na produção entre 2007 e 2008. A expansão resultou no aumento do preço da terra, gerando conflitos fundiários e intensificou os conflitos pelo controle da água, devido à prática de irrigação no rio Santo Antônio. Existem também três projetos de etanol em Rondônia e dois em Roraima, todos contanto com apoio ou subsídios dos governos estaduais ou federal.

Efeitos no clima

De acordo com o estudo, os efeitos positivos dos biocombustíveis no clima - por substituir as emissões de gases de efeito estufa provenientes de combustíveis derivados do petróleo - são superestimados. "O problema de muitas pesquisas realizadas anteriormente foi excluir os impactos ambientais do modelo de produção, de utilização de recursos naturais (como terra e água) e da pressão sobre áreas de preservação ou de produção de alimentos".

O estudo defende que os impactos devem ser avaliados a partir de todo o ciclo da expansão dos biocombustíveis, considerando o a mudança do solo e o cultivo extensivo de monoculturas.

O relatório aborda uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Tropicais Smithsonian, que procura avaliar esses impactos. Segundo esse estudo, "o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar e o biodiesel feito a partir da soja causam mais danos ao meio ambiente do que os combustíveis fósseis".

Lançamento

O lançamento do relatório será na próxima terça-feira (18), às 9 horas, em São Paulo, durante o seminário internacional "Agrocombustíveis como obstáculo à construção da soberania alimentar e energética". A publicação será debatida e fará parte das análises no seminário, promovido pela Via Campesina entre os dias 17 e 19.

Data: 15/11/2008
Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br

A farra dos agrotóxicos liberada no Brasil


O Brasil, definitivamente, não é um país sério. Leitores enviaram e-mails a AmbienteBrasil externando, com razão, sua revolta quanto ao fato de a Justiça ter impedido a Agência Nacional de Vigilância Sanitária de analisar agrotóxicos largamente utilizados em nosso território.

Conforme notícia do jornal O Globo do dia 9 passado, a Anvisa vem tentando, desde o início do ano, submeter à análise de seus técnicos doze produtos que são base para fabricação de mais de uma centena de agrotóxicos no país.

"Utilizados em lavouras de soja, arroz, milho, feijão, trigo, maçã, laranja e dezenas de outras frutas, verduras e legumes, os agrotóxicos são produzidos a partir de ingredientes ativos banidos e proibidos na União Européia, nos Estados Unidos, no Japão e na China", diz a reportagem.

Mas com pareceres favoráveis do Ministério da Agricultura, empresas brasileiras produtoras de agrotóxicos e multinacionais conseguiram na Justiça impedir o exame dos fiscais da Anvisa.

As ações judiciais foram movidas por empresas e pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), que reúne fabricantes nacionais e estrangeiros. Com base nas liminares, a indústria do agrotóxico no Brasil continua importando e estocando esses produtos.

E que se dane a saúde dos consumidores. O que vale é o dinheiro continuar entrando.

Fonte: www.ambientebrasil.com.br

O que acontece quando você toma uma latinha de refrigerante?

Primeiros 10 minutos
10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente. Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto.
20 minutos
O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina. O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura(É muito para este momento em particular).
40 minutos
A absorção de cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde bombeando mais açúcar na corrente. Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras.
45 minutos
O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo. (Fisicamente, funciona como com a heroína).
50 minutos
O ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina.
60 minutos
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina. Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, os quais seus ossos precisariam. Conforme a onda abaixa você sofrerá um choque de açúcar. Ficará irritadiço. Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta ao seu organismo.
Pense nisso antes de beber refrigerantes. Se não puder evitá-los, modere sua ingestão! Prefira sucos naturais. Seu corpo agradece!

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